domingo, março 26, 2006

1 dia e 1 porco

Como já se andava à muito a programar e a prometer, foi mesmo desta que o porco morreu. É verdade, foi neste bonito sábado que a caravana partiu da Granja com destino a Vale do Açor (perto de Ponte de Sôr), terriola esta que é a origem do nosso caro camarada João Ferreira. Houve quem tivesse o previlégio de ainda assistir ao falecer do dito, e houve também quem chegasse mais tarde. Estamos portanto a falar da matança do porco, esse tradicional evento que acompanha as familias portuguesas deste os tempos mais remotos. O acontecimento teve lugar na acolhedora Associação de Caçadores de Valeaçorense (se é que não me falha o nome), e desde logo fomos muito bem recebidos pelos locais (cerca de 80 segundo a estatística). Tivémos então o previlégio de apreciar a complexa arte de tão bem preparar o porco para assar, o que pelo que constatamos não é nada fácil, até porque o porco é um animal que guincha muito e tem uma grande envolvência de pelo, peles e tripas (e é docinho também). Entretanto, e como qualquer associação do género que se preze tem um espaço todo "kitado" de tiro aos pratos, fomos convidados a uma iniciação na coisa. A maltinha não revelou especial aptidão, mas o Reis até acabou por dominar o torneio que se realizou ao final do dia (o que posteriormente o levou a um patamar social bastante acima da média lá com os indigenas). Antes disso ainda nos deslocámos a uma localidade vizinha - Vale de Gaviões -, imaginem porquê. Pareciamos turistas de olhos em bico, so flashs. E sobre isto, ponto. No regresso não resistimos a uma entrada no Zé Beto's bar.
Muita carne, muita bebida e muitos doces, o porco foi-se consumindo e no final do evento tiveram lugar o grito da Aviação e dos Gaviões. Entre orangadelas a Alf. Jardim (entre outros) e discursos, lá regressámos e com a promessa de mais tarde repetir.

sexta-feira, março 24, 2006

Porque a tradição é para se cumprir... ( e porque eles já cheiravam mesmo mal)

Qualquer pessoa que se movimente um pouco neste meio sabe que, se há cultura rica em tradições, esta é sem duvida a cultura aeronautica.
E uma das tradições mais importantes e com mais significado para todo e qualquer piloto é a do banho de largada e consequente imposição do simbolo e lenço de esquadra.
Apesar de na Academia a tradição não andar lá muito bem, a verdade é que a malta da Esquadra de Vôo, ainda se preza por cumprir os hábitos e costumes á muito consagrados.


E assim foi... na passada 3ª feira foi então altura de se cumprir este ritual de passagem, e 13 orgulhosos Gaviões ( juntamente com uns quantos sónicos, infras e um tornado )lá tomaram o banho a que tinham direito ( dizem as más-linguas que alguns deles já cheiravam mal, após 386 dias á espera de tal banho ). Após cumprida esta parte, veio a apresentação aos já largados.



Perante uma das maiores filas de pilotos já largados dos ultimos tempos, estes valentes Gaviões que ousaram cruzar os céus sozinhos no sempre fiel Chipmunk, tiveram que se apresentar a cada um, do qual levaram uma fraternal palmada no pescoço e um afectuoso pontapé no rabo.


Seguiu-se então a festa, que a semelhança de qualquer esquadra que de preze, decorreu no hangar junto ás maquinas infernais, onde o ambiente de convivio que se fez sentir, certamente bastante auxiliado pela cerveja que acompanhava , mostrou o porquê de PilAv ser algo muito á frente.


Muitas febras, entremeadas, e alguns charutos ( alguns dos quais dizem por ai que a quebrar todas as mais elementares regras de segurança..) depois, foi altura de arrumar tudo, e agora é esperar pela proxima ocasião,esperemos que em Setembro!!
Sim...porque a tradição ainda é o que era... pelo menos se depender de nós!!!





Nota: Numa altura de festa, temos no entanto de recordar factos que assombraram esta tarde. O nosso mêcanico de confiança, Sr. Negrinho, desejoso como sempre de ajudar, durante os preparativos para a churrascada sofreu um acidente. Ao ver que os coisas estavam atrasadas, resolve acelerar o braseiro, despejando-lhe diluente, numa altura em que o vento muda, levando as chamas para dentro do recipiente que acaba por lhe explodir nas mãos. De acordo com as ultimas informações, encontra-se actualmente na Unidade de Queimados do hospital, sendo que tem até 20% do corpo queimado, nomeadamente a zona do peito e braços.
Assim sendo, e enquanto não nos é possivel faze-lo pessoalmente, queremos aqui deixar-lhe os votos de melhoras e desejos de rapida recuperação .